Autoterapia através da Psicoeducação para TDAH e Índigos: Um Caminho para a Liberdade Emocional e Produtiva

 


Como TDAH e Índigo, sei exatamente como é viver entre extremos: da criatividade incontrolável à paralisia emocional, da busca por propósito à dificuldade de se manter consistente. Minha jornada pessoal me trouxe não apenas autoconhecimento, mas também a clareza de que poderia ajudar outras pessoas a conquistarem a liberdade emocional e produtiva que eu tanto busquei.

Hoje, como psicopedagoga, educadora emocional e psicanalista, já ensinei autoterapia para milhares de pessoas, transformando suas vidas através de ferramentas que promovem independência. Quero compartilhar com você como esse processo pode mudar a sua vida também.

TDAH e Índigos: Condições que Também Precisam de Suporte

O TDAH, conhecido por desatenção, impulsividade e hiperatividade, é uma condição amplamente discutida. Já os Índigos, descritos como altamente sensíveis, multitalentosos e intuitivos, são menos reconhecidos, mas enfrentam desafios muito reais e semelhantes do TDAH.

Embora o Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenha níveis claros de suporte, no caso do TDAH e dos Índigos, essas necessidades são frequentemente ignoradas. Isso pode levar a dificuldades emocionais e práticas, já que essas pessoas frequentemente dependem de profissionais, amigos ou familiares para tarefas básicas, como cumprir compromissos no horário, se acalmar em momentos de crise ou tomar decisões com clareza sobre o que fazer.

A Dependência Silenciosa: O Apoio Externo que Nos Mantém Funcionando

Se você é TDAH ou Índigo, talvez se identifique com esses exemplos:

  • Exercício físico: Só consegue manter uma rotina de treinos quando há um personal ou um amigo para motivar.

  • Tomadas de decisão: Muitas vezes, precisa consultar alguém em quem confia para conseguir decidir algo importante.

  • Estabelecimento de limites: Os Índigos, por sua natureza empática e altruísta, lutam para dizer “não” e acabam sobrecarregados, precisando de terceiros para ajudá-los a se equilibrar.

Essas dependências criam um ciclo de insegurança, onde você se sente incapaz de avançar sozinho. O problema não é a falta de habilidade, mas sim o baixo autoconhecimento do funcionamento e a ausência de ferramentas práticas para se regular emocional e produtivamente de um jeito que efetivamente funcione.

Autoterapia: O Poder de se Resolver Sozinho

A autoterapia é a chave para quebrar esse ciclo. Ela combina psicoeducação – o aprendizado sobre o funcionamento emocional e cognitivo – com estratégias práticas de autorregulação. Quando você aprende a se conhecer, identificar gatilhos e aplicar ferramentas de autossuporte, a transformação é libertadora.

Imagine passar dias isolado tentando resolver um conflito emocional. Agora, visualize reconhecer rapidamente o gatilho, aplicar uma ferramenta prática e resolver a situação em algumas horas ou minutos. Isso não é apenas um ganho de tempo; é um resgate de energia, autoestima e vida.

Como Ensinar Autoterapia Mudou Milhares de Vidas

Minha experiência pessoal como TDAH e Índigo me permitiu não apenas entender esses desafios, mas também criar métodos que funcionam na prática. Ao longo dos anos, ajudei milhares de pessoas a:

  1. Reconhecer padrões emocionais: Identificar o que os desestabiliza e por quê.

  2. Aplicar ferramentas de autorregulação: Desde diálogos internos estruturados até práticas como mindfulness e organização executiva.

  3. Elevar a autoestima: Ao superar conflitos e crises de forma independente, as pessoas se sentem mais confiantes e capazes.

  4. Reduzir ciclos de isolamento: O que antes tomava dias para se resolver, agora pode ser enfrentado em poucas horas ou minutos.

Essa transformação não é mágica. É fruto de conhecimento aplicado e de um profundo compromisso com o autodesenvolvimento.

Por que a Autoterapia é Libertadora para TDAH e Índigos

Índigos e TDAH compartilham desafios emocionais que, muitas vezes, resultam em ciclos de baixa autoestima e isolamento. Quando aprendem a se resolver sozinhos, ganham não apenas autoconfiança, mas também mais tempo e energia para investir em seus propósitos.

A independência emocional e produtiva é um divisor de águas. Você deixa de depender de terceiros para gerenciar suas emoções e começa a construir uma vida em que as crises não te paralisam, mas te ensinam.

O Primeiro Passo para a Sua Transformação

Se você é TDAH ou Índigo e sente que está preso a ciclos de dependência ou isolamento, saiba que existe outro caminho. A autoterapia pode ser o que você precisa para reconquistar o controle da sua vida.

Eu sou prova viva de que é possível superar esses desafios, e agora ensino outras pessoas a fazerem o mesmo. 

Está pronto para dar o primeiro passo? 

Vamos juntos nessa jornada me envie um ou no WhatsApp e vamos falar sobre.

Procrastinação não é preguiça: entenda como o TDAH pode estar travando sua produtividade


 

Você já sentiu que, mesmo querendo ser produtivo, algo invisível parece te paralisar?

Tarefas simples se acumulam, os prazos apertam e, no final, você se culpa por não ter conseguido agir.

Se isso soa familiar, é hora de olhar mais fundo: a procrastinação pode ser apenas o sintoma de um problema maior, como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

No ambiente profissional, o TDAH é mais comum do que você imagina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4% da população adulta possui TDAH, mas a maioria não é diagnosticada.

O resultado?

Profissionais talentosos lutando silenciosamente contra ciclos de procrastinação, desorganização e exaustão.

Por que procrastinamos tanto?

O TDAH afeta funções executivas do cérebro, aquelas responsáveis por organizar, decidir, priorizar e agir. Isso gera três grandes desafios:

  1. Falta de clareza: Tudo parece igualmente importante, o que dificulta tomar decisões.
  2. Dificuldade para começar: O primeiro passo se torna o mais pesado.
  3. Falta de foco: O cérebro procura por estímulos mais atrativos, desviando a atenção do que realmente importa.

Além disso, a "miopia temporal" – percepção distorcida do tempo – pode fazer parecer que temos "tempo de sobra", alimentando o adiamento e, com ele, a culpa e a frustração.

Como as crises intensificam a procrastinação

Durante uma crise de TDAH, seja pela exaustão emocional ou pela sobrecarga de estímulos, a capacidade de agir é ainda mais comprometida. As tarefas se acumulam, o ciclo de procrastinação se intensifica e a sensação de paralisia toma conta.

Mas a procrastinação não é uma falha pessoal. Ela é um sintoma, e a solução está em identificar as raízes desse comportamento e adotar estratégias práticas para lidar com ele no dia a dia.

Produtividade com TDAH: Existe SIM um caminho

Como alguém que enfrentou esse ciclo por anos, aprendi que combater a procrastinação exige clareza, direcionamento e ferramentas específicas para momentos de crise.

Pensando nisso, preparei um guia gratuito chamado "TDAH Sem Crise". Nele, você vai encontrar:

  • Estratégias práticas para reconhecer e minimizar as crises.
  • Ferramentas para lidar com a procrastinação de forma estruturada.
  • Soluções que te ajudam a transformar bloqueios em ação.

Quer entender como quebrar o ciclo da procrastinação?

Acesse agora Um Guia Essencial para vida adulta com TDAH através deste link https://baixarguiatdah.lenisalucena.com.br/ e tenha um passo a passo em suas mãos.

Comece hoje!

Tentar controlar o TDAH é como tentar controlar as ondas do mar


Imagine viver por 20 anos em uma casa à beira-mar, onde o som das ondas embala suas noites e o horizonte é sua paisagem diária. Mas um dia, o mar avança, levando consigo a casa que tanto significava para você. O que fazer? Culpar o mar por ser mar? Viver ressentido pelo que foi perdido? Ou aceitar que a natureza é incontrolável e usar essa experiência para recomeçar?

Essa metáfora é uma poderosa reflexão para nossa vida, especialmente para quem vive com TDAH ou alta sensibilidade. Aceitar que não controlamos o incontrolável é o primeiro passo para construir uma vida com mais resiliência e alinhamento com quem realmente somos.

O Paradoxo do Controle: Aceitar a Natureza do TDAH

Assim como as tempestades naturais, as “tempestades internas” — como crises emocionais, frustrações e momentos de desregulação — são inevitáveis para quem tem TDAH. Muitas vezes, lutamos contra nossa própria natureza, tentando nos moldar a padrões que não respeitam nossas características. O preço dessa resistência? Exaustão, perda de propósito e um ciclo contínuo de desequilíbrio.

Mas o que é natural para o TDAH? Reconhecer nossa natureza não significa aceitar o caos, mas sim nos adaptarmos de forma inteligente. Ser TDAH não é viver à mercê das tempestades emocionais, mas entender como navegar por elas. Aqui estão alguns exemplos:

Frustração fácil: Gerenciamos expectativas para reduzir o impacto emocional de situações adversas.

Sensibilidade a barulhos: Utilizamos abafadores de ruído ou minimizamos a exposição a ambientes que nos desestabilizam.

Tendência ao erro: Criamos sistemas de revisão e conferência para minimizar falhas.

Dificuldade em manter o foco: Dividimos tarefas em partes menores para facilitar o progresso.

Hiperatividade: Incorporamos exercícios físicos na rotina diária para equilibrar a energia.

Aceitar nossa natureza é reconhecer essas necessidades e adotar estratégias práticas para viver com mais fluidez. Afinal, como a natureza em equilíbrio não precisa de furacões para se regular, também podemos buscar formas mais leves de autorregulação.

Ignorar Nossa Essência é Assumir Riscos

Viver lutando contra quem somos é como construir uma casa em uma área de risco. Pode parecer confortável no início, mas eventualmente, as condições externas — ou internas — irão nos testar. Para alguém com TDAH, isso pode significar escolher carreiras ou estilos de vida que vão contra sua essência, como um ambiente de trabalho caótico para quem tem alta sensibilidade.

Aceitar nossa natureza não é desistir de desafios, mas sim escolher desafios que respeitem nossos limites e explorem nosso potencial. É sobre reconhecer os riscos e ser grato pelas conquistas que vivemos ao nos alinhar com quem realmente somos.

Reconstruir com Resiliência: Navegar, Não Resistir

A metáfora da casa levada pelo mar nos ensina que, às vezes, precisamos deixar o passado para trás e começar de novo. Isso vale tanto para situações externas quanto internas. Recomeçar, no contexto do TDAH, é aprender com nossas falhas, ajustar estratégias e continuar a crescer.

Ser TDAH não é aceitar errar ou viver em desregulação constante. É sobre:

Conhecer profundamente nossa natureza.

Criar rotinas e práticas que nos ajudem a fluir.

Reconstruir sempre que necessário, mas com inteligência e propósito.

Ao invés de resistir à maré, aprendemos a navegar nela. Cada passo em direção ao equilíbrio é um exercício de aceitação e ação consciente.

Perguntas para Reflexão

Você conhece sua natureza?

Está cuidando do que está dentro ou tentando desesperadamente se encaixar no que está fora?

Está utilizando estratégias que respeitam sua essência e potencializam seus pontos fortes?

A Moral da História

Assim como a casa que volta para a natureza, um dia também voltaremos a ela. O que podemos fazer até lá é cuidar do que está dentro de nós, reconhecer nossas características e encontrar formas criativas e fluidas de viver. O equilíbrio não vem da resistência ou do esforço exaustivo para ser quem não somos, mas da aceitação de nossa essência.

Aceitar o incontrolável é, na verdade, o que nos dá o poder de criar uma vida alinhada com nossos valores e sonhos. Afinal, o que seria mais poderoso do que viver uma vida autêntica, onde nossa natureza é nossa maior aliada?

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Instagram e YouTube: Lenisa Lucena. 

Vamos juntos nessa jornada!


Ano Novo, Crise de Identidade e a Beleza da Multipotencialidade


Chegou o fim do ano e, como sempre, comecei a sentir aquela mistura de emoções: a excitação por um novo ciclo, o peso das reflexões sobre o ano que passou e, confesso, um pouco de ansiedade sobre o que está por vir.

E foi nesse processo que me vi de novo frente a uma velha conhecida: a crise de identidade.

Talvez você já tenha sentido isso também. Aquela sensação de que, apesar de tudo o que fizemos e conquistamos, ainda falta algo, ou que não nos encaixamos em nenhum lugar. No meu caso, acredito que essa sensação esteja muito ligada à minha multipotencialidade.

Sim, sou multipotencial. Adoro explorar diferentes áreas, aprender coisas novas e me aventurar em várias frentes ao mesmo tempo. Mas, muitas vezes, essa pluralidade de interesses e habilidades pode gerar um conflito interno: 

"Se faço tudo, será que faço algo bem o suficiente? 

Será que estou desperdiçando meu tempo em tantas direções?"

E o que agrava ainda mais isso?

No meu caso, a multipotencialidade está acompanhada de dois fatores que, se não forem bem gerenciados, podem intensificar essa crise: o TDAH e minha personalidade índigo.

O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) faz com que eu me distraia facilmente, tenha dificuldade em concluir projetos e, muitas vezes, me sinta sobrecarregada com tantas ideias. É como se meu cérebro estivesse constantemente cheio de novas possibilidades, mas sem um caminho claro para organizá-las.

Já minha personalidade índigo traz uma intensidade emocional e uma busca profunda por propósito. Não consigo simplesmente aceitar um caminho que não ressoe com a minha essência. Preciso sentir que o que faço tem significado – e isso pode tornar as escolhas ainda mais desafiadoras.

Por que o fim do ano intensifica isso?

A virada do ano é um marco simbólico que nos leva a refletir:

Sobre quem fomos no último ano.

Sobre quem queremos ser no próximo.

Para quem já vive entre tantos interesses, emoções à flor da pele e busca por um propósito verdadeiro, esse processo pode parecer avassalador.


Mas sabe o que descobri?


Essa crise não é o problema. Ela é, na verdade, um convite. Um convite para refletir, desacelerar e me reconectar com quem eu realmente sou.

Foi assim que percebi que não preciso de um único propósito, de uma única definição ou de um plano de vida linear. Ser multipotencial, com TDAH e personalidade índigo, é minha essência, e aprender a lidar com isso é parte da jornada.

Se você também sente algo parecido, aqui estão algumas coisas que têm me ajudado:

1. Aceitar quem sou: Não preciso escolher entre ser uma coisa ou outra. Minha pluralidade é uma força, não uma fraqueza.

2. Rever meus valores: Quando sinto que estou perdida, voltar aos meus valores me ajuda a reencontrar meu centro. O que realmente importa para mim?

3. Respeitar meu tempo: A virada do ano não precisa trazer todas as respostas. Posso caminhar no meu ritmo.

4. Buscar apoio: Conversar com pessoas que entendem esse processo – amigos, colegas, ou até mesmo profissionais – tem sido fundamental para organizar as ideias.

E, acima de tudo, lembrar:

Eu não sou definida pelo que faço, mas pelo porquê e pelo como faço. Minha identidade não precisa ser fixa; ela pode ser fluida, assim como minha vontade de explorar, aprender e crescer.

Se você também está vivendo algo parecido, quero que saiba: está tudo bem. Está tudo bem não saber exatamente quem você é, desde que você esteja disposto a se ouvir e se respeitar.

No fim das contas, o Ano Novo não é sobre ser perfeito ou ter tudo planejado. É sobre abraçar quem somos, com todas as nossas facetas, e seguir em frente com coragem e autenticidade.


Abraço sincero.

Lenisa Lucena 

A Procrastinação: Consequência da Desregulação Emocional

 

Se tem algo que eu entendi na minha jornada com o TDAH é que procrastinação não é preguiça. 

Por muito tempo, eu me culpei por não conseguir fazer as coisas como todo mundo. Hoje sei que, muitas vezes, a procrastinação é um reflexo direto da desregulação emocional. Vamos conversar sobre isso?

O que é Desregulação Emocional?

Desregulação emocional é quando você sente que as emoções estão sempre à flor da pele ou fora de controle. É aquele ciclo onde você se pega reagindo demais ou se desconectando completamente das situações. 

Eu vivi isso, e aqui estão algumas coisas que aprendi sobre como isso se manifesta:


  • Explosões emocionais: Aquele momento em que você reage como se fosse o fim do mundo, mas depois percebe que não era tão grave.

  • Oscilações frequentes: Você passa de alegria intensa para tristeza profunda em questão de minutos.

  • Dificuldade em se regular: É como se você precisasse de muito tempo para se acalmar ou voltar ao normal após uma situação intensa.

Quando suas emoções estão fora de controle, até as tarefas mais simples podem parecer impossíveis. É aí que a procrastinação entra na história

Como a Desregulação Emocional Alimenta a Procrastinação

  1. Medo do Fracasso e Perfeiçonismo
    Já se sentiu paralisada porque tinha medo de que não fosse bom o suficiente? Eu sentia isso o tempo todo. O medo de errar faz você nem começar.

  2. Sensibilidade ao Estresse
    Algumas tarefas parecem tão gigantescas que só de pensar nelas você já fica exausta. A solução? Deixar pra depois.

  3. Busca por Recompensas Imediatas
    Eu não conseguia resistir àquele vídeo ou à rolagem infinita nas redes sociais. Era como um alívio momentâneo para o desconforto que sentia com as tarefas.

  4. Círculo Vicioso de Culpa
    Depois de procrastinar, vinha a culpa. E essa culpa me fazia sentir ainda pior, me levando a procrastinar mais. Reconhece isso?

Os Tipos de Crises que Influenciam a Procrastinação

Durante minha jornada, percebi que a procrastinação está muito conectada com os tipos de crises emocionais que vivemos no TDAH. Vou explicar:

  1. Crise de Ausência
    É aquele momento em que você simplesmente desconecta. Parece que sua energia foi drenada, e você não consegue nem levantar da cadeira.

  2. Crise de Hiperatividade
    Você quer fazer tudo ao mesmo tempo, mas acaba não conseguindo focar em nada. No final, as tarefas importantes ficam pra depois.

  3. Crise Depressiva
    Quando bate aquele sentimento de fracasso ou desânimo profundo. Aí, até a menor tarefa parece impossível de iniciar.

  4. Crise de Hipomania
    Durante essas fases, eu me sentia cheia de energia e com mil ideias. O problema? Começava um monte de coisas e não terminava nenhuma.

Superando a Procrastinação Através da Regulação Emocional

Clinicamente, muitas pessoas me procuram com a queixa de que querem aprender estratégias de organização para deixar de procrastinar. O que eu enfatizo é que, embora essas estratégias sejam muito importantes, o primeiro passo é aprender a ter um diálogo interno estruturado. Sem aprender a gerir as emoções, não é possível sustentar a constância e a motivação.

Hoje, com experiência e ferramentas, aprendi que é possível sair desse ciclo. Aqui estão algumas dicas que funcionaram para mim:

  1. Clareza e Diálogo Interno Estruturado
    Muitas vezes, o que precisamos é reorganizar nossos pensamentos. Pergunte-se: "O que exatamente está me travando agora?". Identifique se é medo, ansiedade ou a própria falta de direção. Depois, reestruture o pensamento para algo mais positivo e acionável.

    Por exemplo: Se você se sente insegura, pergunte-se: "O que posso fazer agora para me sentir mais seguro?". Determine um pequeno passo que traga confiança, como iniciar uma parte simples da tarefa ou buscar informações que esclareçam sua dúvida.

  2. Defina o Objetivo

    Pergunte a si mesmo: Qual resultado espero alcançar com esta ação? Essa ação me aproxima ou me afasta do meu objetivo?
    Por exemplo: Se quero concluir um relatório para o trabalho, assistir a uma série neste momento me ajuda ou me distancia desse objetivo?
    Se a resposta for que me distancia, reflita: Qual ação posso escolher para alinhar meu comportamento ao meu objetivo?"

  3. Fragmentação de Tarefas
    Divida o trabalho em passos pequenos. Cada pequeno progresso conta e ajuda a reduzir a pressão emocional.

  4. Pratique Mindfulness
    A atenção plena me ajudou a estar mais presente e menos ansiosa com o futuro ou preso ao passado.

  5. Busque Apoio
    Terapia e troca de experiências com outras pessoas que vivem o TDAH foram fundamentais para mim. Não subestime o poder da comunidade.

  6. Desenvolva um Diálogo Interno Estruturado 
          Aprender a ter um diálogo interno estruturado te ajudará com a reavaliação cognitiva necessária             para deixar de procrastinar. 

Conclusão

Se você sente que precisa de ferramentas mais específicas e de um caminho claro para superar suas crises emocionais, eu criei o curso "TDAH Sem Crise" exatamente para isso. Ele é baseado em experiências reais e oferece passos práticos para ajudar você a encontrar o equilíbrio emocional e transformar sua relação com o TDAH. Acesse aqui.

Procrastinar não é sobre ser preguiçoso. Muitas vezes, é o jeito que nosso corpo e mente encontram para lidar com emoções avassaladoras. Mas, ao entender o que está por trás disso e adotar estratégias para se regular emocionalmente, é possível transformar essa realidade. Eu consegui, e você também pode.

Como lidar com as crises de TDAH: compreendendo e superando desafios emocionais

As crises de TDAH são mais do que momentos de impulsividade ou desatenção. Elas envolvem intensas mudanças emocionais e comportamentais que podem impactar a vida pessoal, profissional e os relacionamentos. Saber reconhecer os gatilhos e entender como essas crises se manifestam é essencial para quem vive com TDAH e para aqueles que desejam apoiá-los.

Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de crises de TDAH, suas causas, como diferenciá-las de outros transtornos e, principalmente, estratégias práticas para lidar com elas e promover uma rotina mais equilibrada. Seja você alguém que convive com TDAH ou busca aprender mais sobre o tema, este texto trará insights valiosos para transformar desafios em oportunidades de crescimento.

Diferença entre crises de TDAH e bipolaridade:
A principal diferença entre as crises de TDAH e de bipolaridade está no tempo de duração:

  • Crises de TDAH: duram até 48 horas.
  • Crises de bipolaridade: duram, no mínimo, 96 horas.

Outra distinção relevante é o comportamento em relação ao sono. Durante as crises de hipomania no TDAH, o indivíduo sente sono e eventualmente dorme, mesmo que a qualidade do sono seja comprometida. Já no caso da bipolaridade, durante episódios maníacos, o indivíduo não sente necessidade de dormir, acreditando que a falta de sono é benéfica.

Características emocionais do TDAH:

  • Imaturidade emocional: decorre da inabilidade de autocontrole e inibição.
  • Personalidade intensa: "8 ou 80", com dificuldade em gerir emoções e controlar ações.

Essas características muitas vezes levam ao diagnóstico equivocado de bipolaridade. O TDAH pode sim de fato também ser Bipolar porém na maioria esmagadora é apenas desregulação emocional e baixa maturidade que amplifica os sintomas do TDAH.

Tipos de crises no TDAH:

  1. Crise depressiva:

    • Gatilhos: normalmente externos, como fracasso profissional, término de relacionamento ou críticas.
    • Sintomas emocionais: pensamentos cíclicos de fracasso, desvalorização e sentimentos de culpa.
    • Sintomas físicos: letargia, dificuldade de falar e sensação de moleza no corpo.
    • Duração: entre 24 e 48 horas.
  2. Crise de hiperatividade:

    • Gatilhos: após episódios de procrastinação ou ansiedade para realizar muitas tarefas ao mesmo tempo.
    • Sintomas emocionais: euforia, sensação de urgência, intolerância e irritabilidade.
    • Sintomas comportamentais: obsessão em concluir tarefas e negligência de cuidados básicos, como comer ou beber água.
    • Duração: entre 6 e 12 horas.
  3. Crise de ausência:

    • Gatilhos: exaustão psíquica ou combinação de hiperatividade e depressão.
    • Sintomas emocionais: apatia, desconexão com a realidade e confusão mental.
    • Sintomas físicos: mal-estar, náusea e sensação de corpo pesado.
    • Duração: até 24 horas.

Como lidar com as crises:
Embora as crises de TDAH façam parte do transtorno e não possam ser eliminadas, podem ser controladas e minimizadas com o tratamento adequado.

Estratégias recomendadas:

  1. Desenvolver um diálogo interno estruturado para identificar gatilhos emocionais.
  2. Aplicar técnicas de reavaliação cognitiva para reduzir a intensidade das crises.
  3. Adotar práticas de autorresponsabilidade para gerenciar expectativas.
  4. Utilizar medicação sob orientação médica, quando necessário.

Com essas práticas, é possível reduzir a frequência e a intensidade das crises, promovendo mais qualidade de vida para quem vive com TDAH​​​​​.

Lucena, Lenisa. Meu Maior Desafio da Vida: Entendendo e Gerenciando o TDAH. [Edição Digital], 2022.






TDAH Não é Bipolaridade

 A relação entre o temperamento ciclotímico Bipolar e o TDAH



O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurológico que pode persistir na vida adulta, frequentemente associado a desafios emocionais, como o temperamento ciclotímico. Um estudo recente, publicado na revista ScienceDirect, investigou essa relação em 586 adultos com TDAH e 721 do grupo controle.

Principais achados do estudo:

  1. Alta prevalência de temperamento ciclotímico no TDAH: 71% dos participantes com TDAH apresentaram características ciclotímicas, em comparação a apenas 13% do grupo controle.
  2. Impactos em várias áreas da vida: Indivíduos com TDAH e temperamento ciclotímico enfrentaram maiores dificuldades educacionais, ocupacionais e relacionais, além de uma maior incidência de transtornos psiquiátricos, como bipolaridade.
  3. Diferenças na duração dos ciclos emocionais: Enquanto no transtorno bipolar as alterações de humor podem durar anos, no TDAH essas oscilações são reativas a fatores externos e duram horas ou poucos dias.

Desregulação emocional no TDAH:
O estudo destacou que a desregulação emocional no TDAH resulta de déficits no uso de estratégias cognitivas, como a reavaliação cognitiva, e de uma maior dependência da supressão expressiva, que é uma forma compensatória ineficaz de lidar com emoções intensas.

Implicações terapêuticas:
Os achados sugerem que ensinar reavaliação cognitiva e promover um diálogo interno estruturado podem reduzir a desregulação emocional, melhorando o bem-estar dos indivíduos com TDAH. Além disso, tratar comorbidades como sintomas bipolares associados é essencial para um manejo eficaz.

Este estudo reforça a importância de abordar o TDAH de forma holística, considerando a interação entre fatores neurológicos, emocionais e comportamentais, promovendo estratégias que aumentem a qualidade de vida.

Artigos de referência:

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0165032722010631

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0165032712003096

Destaque

Autoterapia através da Psicoeducação para TDAH e Índigos: Um Caminho para a Liberdade Emocional e Produtiva

  Como TDAH e Índigo, sei exatamente como é viver entre extremos: da criatividade incontrolável à paralisia emocional, da busca por propósit...